Linguagem, Fala e Leitura e Escrita
A Intervenção Insight
Quando uma criança apresenta dificuldades de linguagem as pessoas tendem a desvalorizar e encarar como uma fase que vai passar no futuro. As consequências desta crença podem revelar-se muito negativas para o seu desenvolvimento.
Acabam por se tornar responsáveis por graves dificuldades na socialização e na aprendizagem (na escrita e leitura), levando ao insucesso escolar e no contacto com os demais (amigos, familiares, esfera pública).
É da responsabilidade do Terapeuta da Fala prevenir, identificar e intervir nas possíveis alterações na comunicação da criança, que coloquem em causa um saudável desenvolvimento linguístico, com consequências ao nível da realização de aprendizagens e nos processos de socialização.
Perturbações da Comunicação e Linguagem:
Os primeiros 5/6 anos de vida são cruciais para o desenvolvimento da linguagem e da fala. Nesta idade, quem está mais próximo da criança – pais, avós, educadores – são os modelos a seguir e é deles, em especial, a tarefa de observarem as alterações no desenvolvimento da linguagem.
Para que possam acompanhar essas modificações, devem estar atentos aos denominados sinais de alarme.
A título de exemplo: é preocupante que uma criança até aos 12 meses seja demasiado silenciosa, ou que não reaja ao nome e a sons familiares; se, aos 24 meses, não consegue formular frases (simples) para expressar as suas necessidades, não cumpre ordens (simples) ou não utiliza jogo simbólico; aos 3 anos, é preocupante quando a criança não se concentra a ouvir uma história ou não descreva acontecimentos; aos 4, quando o discurso utilizado não é compreendido por todos – neste estado, são, normalmente, as pessoas "de fora" a reconhecerem essas dificuldades – ou que faça dos gestos, e não das palavras, o meio preferencial para se expressar.
Contudo, a forma mais simples de perceber estas dificuldades é comparar a criança com outras da mesma faixa etária e meio sócio-cultural.
A escola assume, neste ponto, uma importância vital: comparando a criança com o grupo em que está inserida identificamos o que foge da norma.
