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A chave do êxito

A beleza pode levar-nos a conseguir quase tudo o que desejamos – e agora psicólogos britânicos afirmam que ter dentes bonitos ajuda ao milagre.

Mas não se fie na dentuça: é bom que tenha algo mais para oferecer...

 

Fábio Moreira
correio@oindependente.pt

Que a beleza nos favorece para atingirmos alguns objectivos em vários campos da vida, seja no amor ou para conseguir certo emprego, não é novidade para ninguém. Agora, um grupo de psicólogos do King´s College, em Londres, efectuou um estudo que vai, aliás, nesse sentido.

Segundo as conclusões da equipa, quem apresentar um atraente sorriso, repleto de dentes bonitos e bem alinhados, está no caminho certo para ter sucesso na vida. Cem voluntário analisaram fotografias de vários indivíduos e as opiniões foram unânimes: quem apresentava uma dentição em mau estado valeu-lhe uma classificação de pouco inteligente, menos popular e menos integrado.

Por detrás do rosto.

Para Vasco Soares, psicoterapeuta e professor de psicologia no ISLA (Instituto Superior de Línguas e Administração), "a beleza é o que marca o outro num primeiro contacto, quando as pessoas não se conhecem, numa altura em que ainda há pouca informação sobre a pessoa". Nessas ocasiões "só o aspecto físico nos liga a esse indivíduo, e como somos atraídos por coisas belas acabamos por ficar interessados pelas pessoas mais bonitas", continua o professor universitário.


A condição física pode levar ao êxito mas também pode enganar acerca do que alguém é, pois por detrás de um físico bonito pode esconder-se uma personalidade pouco interessante. Vasco Soares Justifica que, "em alguns casos, há uma experiência de decepção com alguém depois de se ter feito um pré-juízo baseado apenas no aspecto físico. Tal pode levar, no futuro, a que quando encontramos uma pessoa bonita ficamos com reservas sobre a sua maneira de ser". Ou seja, se a pessoa não tiver realmente valor o desempenho profissional e social falhará mais tarde ou mais cedo, pelo que essa chave pode ser falsa. Agora se as capacidades estiverem lá então a beleza corporal pode dar um grande empurrão.

Imagine-se um empregador na fase de contratar alguém. "Se for para uma função em que tem de se dar a cara ou estar em contacto com os outros a beleza pode assumir importância", diz o psicoterapeuta. Porém, "há também que ter em conta o profissionalismo, o que supões padrões de observação mais exigentes". Do ponto de vista social e pessoal, há que não esquecer que o bom aspecto físico favorece o indivíduo o longa da vida, o que acarreta também mais confiança, tornando a pessoa "uma peça mais forte no xadrez do mundo, conseguindo colocarmo-nos melhor", avalia Vasco Soares. Da mesma maneira, em muitos casos "os feios podem tornar-se menos confiantes e mais inibidos, tendo maior dificuldade em construir o sucesso seja em que campo for", acrescenta o docente.

 

Compensação.

De qualquer modo, há outros instrumentos que podem surgirem favor dos menos providos de beleza física. "Podem distinguir-se, revelando capacidades acima da média, ou então desenvolver uma grande arte na comunicação.

Ou ainda ter boa-disposição, cativando desta forma os outros", refere Vasco Soares ao Saúde. E exemplifica: "Há homens que, embora não sendo belos, conseguem conquistar as mulheres devido às suas capacidades de comunicação" (a chamada "lábia").


Mas deixando de lado a questão da beleza física, há outros valores que não devem ser descurados: a higiene oral, por exemplo. Joana M., de 20 anos, é estudante de Psicologia em Coimbra e afirma lavar "sempre os dentes depois das refeições e pelo menos uma vez por dia usar fio dental".

Cuidados simples que fazem a diferença, aos quais deveriam juntar-se alguns cuidados com a alimentação. Assim, os especialistas avisam que o abuso de alimentos açucarados deteriora os dentes e o café, chá, vinho, tabaco e alimentos muito pigmentados destroem a sua brancura.

Outra regra básica é consultar regularmente o dentista. Aqui Joana Mendes não é um bom exemplo pois, segundo diz, "fiz uma limpeza há um mês mas não ia ao dentista desde os 14 anos", confessa.